O Narcisismo para a Psicanálise – Por Vidas e Trabalhos com + Propósito

O Narcisismo para a Psicanálise

O termo “narcisismo” foi utilizado pela primeira vez na área da psicanálise pelo alemão Paul Nacke em 1899. Ele fez uso desse termo para nomear o estado de amor de uma pessoa por si mesmo.

Para o pai da Psicanálise, Sigmund Freud, o narcisismo é uma fase do desenvolvimento das pessoas. É um estágio em que se verifica a passagem do autoerotismo – que é uma fase em que o ego ainda não existe -, ou seja, do prazer que é concentrado no próprio corpo, para eleição de outro ser como objeto de amor. Essa transição é importante porque o indivíduo adquire a habilidade de conviver com aquilo que é diferente e amar.

De acordo com Freud, todas as pessoas são narcisistas em certo ponto, já que elas contêm em si um ímpeto pela autoconservação.

Para Melanie Klein, o narcisismo seria um instinto destrutivo. O interesse narcisista representaria uma agressão dirigida ao objeto.

Jacques Lacan também trouxe grande contribuições ao tema narcisismo. Ele explicou o que chamou de “suposição de sujeito”, quando um bebê não se conhece, mas se percebe através de sua mãe e da imagem de filho que sua mãe gostaria de ter. Vê-se que a presença do outro é fundamental para o indivíduo se perceber.

Contudo, no momento em que o bebê, já maior, observa o seu próprio reflexo no espelho, ele passa a se reconhecer na imagem refletida, que ele acredita ser real. Nesse estágio, o eu se identifica a partir da imagem do outro. Pode-se afirmar que o estágio do espelho é uma simbologia narcísica, pois o sujeito se aliena em si mesmo.

As teorias acima entendem o narcisismo não como um transtorno, mas como parte do desenvolvimento e diferenciação do ego, mas dão pistas do que desenvolve o transtorno.

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