CORONAVÍRUS: o descobridor (dos valores) dos 7 mares – Por Vidas e Trabalhos com + Propósito

CORONAVÍRUS: o descobridor (dos valores) dos 7 mares

Tirando quem ainda está ignorante sobre o grau de contaminação do coronavírus, observando as pessoas informadas, podemos ver seus valores
expostos.
O que é importante pra você? O modo como você está lidando com a pandemia, contanto que esteja devidamente informado do seu papel fundamental na contenção dela e saúde de todos, escancara o que você valoriza.
Há quem se importe em confortar os amigos e enviar forças mesmo que via aplicativo de mensagens instantâneas, há quem se revolte com as
sanções que está sofrendo sem sequer olhar à volta e estender a mão (simbolicamente, claro), para quem tem no entorno.
Há quem dê de ombros para a SAÚDE, ou porque não entendeu ainda que é a sua própria, porque não valoriza manter-se informado, porque dá de
ombros para o CONHECIMENTO, ou porque ainda está encerrado em seu fictício mundo INDIVIDUAL.
Se você é um egoísta velado, agora está exposto. Se é solidário, não será mais mal interpretado. A SOLIDARIEDADE está à luz de todos, assim
como a falta dela, ou a IGNORÂNCIA (que também é um valor, se você opta por continuar sem saber do necessário).
Com minha mãe no grupo de risco, por sua situação de saúde, descobri mais ainda quanto ela é importante pra mim e para os meus filhos.
Descobri o quanto o AMOR é CUIDADO.
Com meus amigos que estão se sentindo sozinhos, em quarentena do outro lado do mundo ou trabalhando em hospitais com devoção e medo, descobri
uma COMPAIXÃO genuína e admiração igual, pela batalha de cada um. Sinto-me convocada a apoiá-los, mesmo de longe, sinto o valor da AMIZADE.
O vírus de coroa mostra seu poder de rei ao despertar valores que estavam há muito tempo adormecidos. A SAÚDE importa mais que o DINHEIRO,
a CIÊNCIA importa mais que a religião, a FÉ na humanidade unida importa mais do que a OPOSIÇÃO.

A SEGURANÇA é usada para zelar pela saúde e não para combater outros humanos, porque o inimigo é desumano, literalmente, e não há como combatê-lo com a violência, mas com ESTUDO e HUMANIDADE.
Os interesses do INDIVIDUALISMO não duram mais que a vida do vírus no ar, e os governantes estão tendo que zerar impostos, dar bolsa-alimentação para os profissionais informais, ajudar outros países com pessoal de saúde, costurar máscaras em vez de itens supérfluos.
O mundo está aprendendo a valorizar o que é NECESSIDADE de verdade e o que é produção e CONSUMO CONSCIENTE.
Valorizo mais andar sob o sol, aqui mesmo, por entre os canteiros do meu condomínio, que agora estão tão perto e tão longe. Mas, reconheço meu privilégio de ter uma varanda, e agradeço a oportunidade de tomar sol sem sair de casa. Valorizo a minha MORADIA, mais do que antes, vendo pessoas sem teto totalmente expostas à pandemia. Valorizo a LIBERDADE de ir e vir, que já não posso ter mais, nessa necessidade de confinamento. Mas, agradeço ao meu TRABALHO, home office há anos, que não me trouxe adaptações urgentes, e me compadeço de quem tem que continuar a ir trabalhar.
Valorizo até não ter coisas que eu não tinha e agora estou tendo, como a DESPREOCUPAÇÃO, o ÓCIO mental. Agora há a constante preocupação em limpar o tempo todo tudo para não haver contaminação. E, se antes já admirava profundamente a profissão de lixeiro e faxineiro, hoje, valorizo ainda mais a LIMPEZA, porque dela depende a nossa SAÚDE.
Valorizo mais coisas que eu já tinha, como a PRESENÇA da minha FAMÍLIA. É muito bom estar muito com eles até a paciência acabar e termos que encontrar novas formas de se relacionar, de passar o tempo, de usar nossa CRIATIVIDADE.
Valorizo a PAZ mental que eu tinha mais e às vezes a perdia à toa. Como perdemos tempo e energia com o que não tem importância!
Valorizo a ATENÇÃO PLENA que estamos ganhando com essa mania de limpeza e fiscalização de hábitos. O motivo pra isso é duro, mas a lição é valiosa. Dou mais valor à VIDA com AMOR, sem tensões, sem enfrentamentos, solidária, DEMOCRÁTICA. A vida tem mostrado JUSTIÇA, distribuindo um vírus independente da situação econômica, credo, etnia. E, vejo eu que se não buscarmos ser mais justos, a natureza fabricará outra lição dolorida para aprendermos a sê-lo.
E você, a que tem dado mais valor? A que tem aprendido a desapegar? Como está vendo sua atitude nisso tudo? O que está te movendo? O que está movendo o mundo?

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