Não há competição. Não disputamos as mesmas conquistas. Sequer caminhamos o mesmo caminho.
A ideia de que devemos competir uns com os outros, na medida em que a admitimos, apenas serve para nos segregar e, consequentemente, para nos enfraquecer.
“Competição” é apenas uma ideia, só que comprada por milhões, aí é que está o problema: muita gente lutando contra adversários irreais, transformando nosso meio ambiente numa arena, quando, na verdade, nós mesmos é que somos o nosso real oponente e a luta real é interna.
“Competição” é só uma ideia vendida pelos que têm o interesse de possuírem sozinhos a efemeridade (fama, dinheiro, status), invertendo a verdade de que a cooperação é que empodera e derrama bênçãos reais a todos.
Quando acreditamos na ideia de competição, no mesmo momento em que nos percebemos como oponentes, nos escondemos – pois faz parte do momento da luta protegermos nossas fragilidades – , e quem mais perde com essa nossa atitude ostracista somos nós mesmos, pois, ao nos fecharmos em nós mesmos, perdemos a oportunidade de nos conhecermos mais, de colocarmos luz na nossa parte acobertada: nossa maior parte.
Igualmente, ao crermos que a competição é uma fatalidade, perdemos a capacidade de nos reconhecermos no outro igual, perdemos nossa humanidade, e, em vez de utilizarmos nosso poder criativo, abusamos do nosso poder destrutivo, nos tornamos destruidores (de tudo, de todos e de nós mesmos), buscamos poder para estarmos numa condição “melhor”, porque seja o que for que você deseja, se você compete é porque você quer só pra si e/ou acredita que há pouco do que você deseja para todos.
“Olhai os lírios do campo, como eles crescem! Não trabalham nem fiam, e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, nunca se vestiu como qualquer um deles. Se Deus, pois, assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?” (Mateus 6)
Todo e qualquer tipo de poder sempre acaba pela própria movimentação da vida, que é cíclica por natureza, demore o tempo que for para que a volta se complete. Além disso, ao estar em condições superiores, você só poderá conquistar a genuína alegria se, em vez de sobrepujar a outros quando estiver por cima, distribuir seus recursos excedentes, que fatalmente retornarão pra você, quando estiver no ponto baixo da roda da vida.
“Tudo o que está junto se separa
Tudo o que sobre desce
Todo encontro termina em partida
Toda vida termina em morte”
UDANAVARGA
Através do conhecimento executamos a maior forma de competir e aprisionar. Através de elucubrações mentais aprisionamos a nós e a outros dentro de formatos que dão a impressão de limitude das possibilidades de vida, quando, na verdade, trata-se apenas de limites mentais, sendo que o fato é que podemos sempre ir além do que conseguimos através da mente.
Assim, é através do entendimento que executamos a maior forma de libertar. Ultrapassando o nível mental e atingindo o nível consciencial.
Tal ideia te traz paz ou pena? Se traz pena é porque é uma ideia limitada, fechada nos limites da mente, se traz paz é porque é uma ideia aberta, que admite a verdade da vida.
Falando em verdade, uma delas é que quanto mais pessoas despertarem, ou seja, ultrapassarem o nível mental e alcançarem um nível maior de consciência, mais você estará liberto.
Perceba quantas pessoas te inspiraram ao longo do caminho. A derrota de alguém quando observada, apenas ensina, e de forma muito generalizada onde os perigos estão, porque as consequências são reflexos exatos dos atos cometidos, ou seja: a lição é sempre customizada para o aprendiz.
Já o avanço de alguém vai iluminando trilhas que não enxergávamos, que ensinam, a quem pode observar tal caminhar, novas maneiras de dar os passos e libertam a todos para caminharem mais além.
Por isso, ore para que todos consigam e ajude sempre que estiver ao seu alcance.
Quando não pudemos fazer por nós, e isso nos empedernir, percebamos que sempre poderemos fazer por alguém, porque há sempre necessidades ao nosso alcance.
Fazer por todos que pudermos e sempre que pudermos é ajudarmos a nós mesmos, é garantirmos a nós mesmos a abundância plena.
Lembrei-me de uma cena de um filme (Pay it Forward – A Corrente do Bem), em que uma pessoa estende a mão para que a outra, decidida a tirar a própria vida, não pule. A frase que a faz convencer a outra de aceitar ajuda é “salve a minha vida”. Assista:
Que aproveitemos sempre a oportunidade de auxílio quando nos sentirmos com os passos travados, já que de todos os pontos do nosso caminho avistaremos companheiros de jornada em situações necessitadas e sempre haverá a oportunidade de auxiliarmos, de onde estivermos.
Acender a própria chama ilumina quem está ao redor, é acender a luz do mundo.
A lei do retorno é linda!
Bons frutos a todos!
Namastê!
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