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Como dissémos “não” ao consumismo infantil

Como dissémos “não” ao consumismo infantil

Para incrementar o último artigo, Como dizer “não” para o consumismo dos filhos, gostaria de compartilhar como foi o início da nossa experiência de dizer “não” ao excesso de consumo e “sim” à vida realmente rica. Segue adiante: Vejo a enorme diferença no quesito “consumismo” do meu primeiro filho para a segunda. Com ele eu ainda consumia muito e não…

MENOS telas para MAIS vida

MENOS telas para MAIS vida

ou

Porque você deve reduzir o consumo de mídia em tela da sua família

Por Mariana Fernandez
O essencial: onde está o seu olhar? para onde seus filhos olham? Olhar estelar <3
Essencial: onde está o seu olhar? para onde seus filhos olham? Olhar estelar <3

“Baby steps” para consumir menos

Na língua inglesa há a expressão corrente “baby steps”, que traduzida literalmente para o português seria passos de bebê. As expressões similares na nossa língua seriam: “pouco a pouco”,”um passo de cada vez”, “engatinhando”, “primeiros passos”. Todas significam a mesma coisa: que “devagar se vai ao longe”. Mas, para onde estamos indo? E para onde estamos guiando os “baby steps” dos nossos filhos?

Continuando o artigo Bebê livre de consumismo, falo a seguir do primeiro passo para ficar mais leve, com menos coisas, e poder, você e seus pequenos, irem muito mais além… “voar, voar, subir, subir…”.

Claro que esse primeiro passo é diverso para cada um de nós, que desejamos uma vida mais livre tanto para nós quanto para nossa família. Cada um sabe o que é mais fácil ou mais urgente fazer para mudar a própria vida e a dos filhos, mas esse passo aí adiante é meio que obrigatório pra quem quer mais liberdade, e terá que ser dado mais cedo ou mais tarde.

Assim como cuidamos dos primeiros passos dos nossos bebês, dizendo-lhes onde ir ou não, cercando-lhes o entorno para não caírem, dando-lhes as mãos no início para lhes dar confiança e apoio em qualquer deslize, é assim, com muito cuidado, que devemos fazer com os primeiros passos dos nossos bebês em direção a uma vida mais livre, que serão, concomitantemente, nossos primeiros passos para um novo modelo de vida: OFFLINE, ONLIFE.

Conduzir um novo ser nesse mundo, que ainda está tão do lado do avesso, é, além de uma baita responsabilidade, uma ótima oportunidade para renascermos e criarmos um novo estilo de vida, mais feliz para mães, pais e filhos.

E aí, vamos andar?

Menos informação invasiva, menos meios frenéticos ou, simplesmente, menos telas

Ampliando a consciência, o direito de escolha, a experiência

Buscar uma vida livre de consumismo é obrigatoriamente, buscar uma vida mais do SER e menos do TER. Onde, sabendo o que queremos (consciência), escolhemos melhor e experienciamos mais. E, uma vida assim, do Ser, é uma vida mais conectada com o Universo, com a fonte, sem intermediários.

Fernandinho bebê, fazendo grass terapy em Araçoiaba da Serra, em 2009.

Então, de um modo geral, para termos uma vida mais conectada, ela tem que ser o menos mediatizada possível. Se há um meio entre você e a experiência, então essa experiência está formatada, limitada, padronizada.

Ou seja, evitar ao máximo o consumo de mídia já é um grande passo para sobrar tempo para a vida real. Quanto mais conectados estamos com o lado de fora, menos conectados estamos com o lado de dentro.

Estou falando aqui do tipo de mídia caracterizada como terciária, onde a mensagem é elétrica, móvel, veloz, espectral, a do tipo que não dá tempo para “parar” e “pensar” enquanto estamos conectados a elas, ou seja: AS TELAS!

Para entender os conceitos de mídia primária (corpo), secundária (escrita, desenhos, arte, etc, prolongamentos do corpo) e terciária (eletricidade e derivações), leia mais aqui.

Outro aspecto ruim do consumo de mídia refere-se ao conteúdo do que consumimos. Sabe aquele ensinamento crístico “Não se pode servir a Deus e a Mamon”? Pois é, a grande mídia, de um modo geral serve quem tem poder sobre ela, ou seja, Mamon. Assim, consumir produções midiáticas, generalizando, é consumir ideais de manutenção do mercado.

Se você ainda possui a ideia de que para que algo seja consumível é necessário que seja palpável, abandone-a já. O consumo de informação através das diversas mídias, e dos bebês exclusivamente através de telas, é uma economia colossal. Porque, como já disse, além dos produtos publicizados pela mídia, consumimos, sobretudo, os conceitos de manutenção do próprio mercado consumidor. Assim, se o conteúdo emitido pela mídia não te faz consumir algo de forma direta, o faz de forma indireta, seja despertando nas crianças o desejo de consumir os produtos desnecessários, publicizados freneticamente entre um desenho e outro, seja perpetuando valores controversos ou apresentando como natural a escassez de muitos versus a abundância de poucos.

Considere reduzir o espaço que as telas ocupam em sua vida, para que você tenha vida, para que seus filhos tenham você na vida deles. Cancele a TV a cabo, desligue o WI-FI todos os dias e só volte a ligar quando for usar para algum propósito útil, deixe acabar a bateria do celular e só volte a carregá-la quando precisar ligar para alguém… enfim, use a sua criatividade para boicotar as telas, para o seu bem e dos seus pequenos.

Quanto mais cedo mais livre

Eliminar as telas é um grande primeiro passo. Digo eliminar e não limitar porque embora todas as crianças – e adultos – devam ter acesso limitado, ou nenhum, às telas, para terem saúde acima de tudo, bebês até dois anos de idade não devem ter acesso algum a elas.

Aqui, as razões além do consumismo pelas quais seu bebê não deve ter acesso algum à TV.